Em tardes assim
aonde o silêncio se mistura
ao cotidiano
Te encontro andando dentro de mim
Se a barulhenta vida me impede os teus passos escutar
São em silêncios assim
que te descubro vivo
desafiando minha resistência
Surpreende-me ainda tua presença
Já tecia o tempo com os fios da tua ausência
Reescrevendo em lembranças vagas
a nossa história, o nosso descobrimento
Em tardes assim
onde o silêncio cala fundo
olhando absorta
Noto
ainda ficaram de ti, resquícios
Fecho os olhos e me vêem os sentidos
apurados na escuridão do enleio
E sinto o calor das tuas mãos
ao pousares sobre o desavisado seio
Na face o rubor de menina
Nos lábios a procura faminta
de mulher
Cravo os dentes na boca
e sinto sangue e saliva
Último meio desesperado
de retorno à vida...
20 de março de 2007
Em Tardes Assim...
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