18 de novembro de 2007

Homeminhoca

Forçando seu corpo
Esticando suas células
Subindo nos galhos
Espreitando as nuvens

Estão as Minhocas Humanas

Invejando os pássaros
Invejando as estrelas
Querendo fazer
De seus corpos
Roliços piriquitos

Bem, minhocas teimosas
De tanto terem
Seus corpos partidos
Por milhões de anos
Nasceu um fugitivo

Com murchas asas negras
E um rabo
Deixou a terra e foi
Ao desconhecido

Deslizou pelos céus alegre
Por toda sua espécie

Porém um dia
Foi engolido, o bicho
Por um pássaro faminto
E no estômago percebeu
De que adianta voar e
Ficar mais próximo do inimigo?
Se no fim voltará à terra
Cagado na merde verde-esbranquiçada
D'um pássaro fodido.

Um comentário:

Bruno Cave disse...

gostei do poema super-minhoca!

Abraço