16 de maio de 2007

tempo - começo pelo meio

... a mesma hora pesada,
passadas largas
destas pessoas que passam
e não param,
passos de fim de mundo.

O tempo se encontra
em todas as coisas extensas,
na cerveja que se esvazia,
no cigarro em sua metamorfose,
no copo,
no corpo moribundo,
no céu ao entardecer,
no ser?,
no mundo,
no meu desejo que cresce.


***
As dunas se movem,
faz frio,
calor,
sofre.

nessa transfiguração antropofágica
do ser que se quer ente
ontológico,
homológico,
holográfico,
ralo,
falo,
raso,
cheio de si,
cheio de nada,
cheiro.

2 comentários:

Bruno Cave disse...

Gostei deste poema Breno
O tempo...

Bruno Cave disse...

Ao lê-lo de novo. Senti como se fosse eu um quadro de Dalí.