Enterrado naquele quarto
Escuro, tudo é sombra
Afundado no tempo
Cada ano novo é o mesmo ano denovo
Toda palavra já foi dita
Movimentos repetidos
Do ser que nao se quer passado
Déjà vu ato
A cabeça pende pros lados
O mundo se desequilibra
O quarto...
Gira
Como são belas as flores
que habitam os jardins
de dentro de minha cabeça
A sua beleza está em mim
Terrível outono que não passa...
13 de fevereiro de 2007
Patético
O que é visto
é a relação
entre um mundo
e um eu.
Ao final
somos uma epiderme
Senciente, nem ser
nem mundo
Um verme
Um furo que vê
Relações, disturbios
Do fluxo estático...
Estético...
Vivo...
Páthico.
Patético!
é a relação
entre um mundo
e um eu.
Ao final
somos uma epiderme
Senciente, nem ser
nem mundo
Um verme
Um furo que vê
Relações, disturbios
Do fluxo estático...
Estético...
Vivo...
Páthico.
Patético!
11 de fevereiro de 2007
amanhã
Amanhã
Retornando do abismo profundo
D´alma rota
Produtora d´um nada-corpo
Vagabundo que teme o medo
e a alegria
Redescobrindo-se depois da morte
Depois do suicidio
Conhece a vida e a morte
Conhece agora o medo e a alegria
Caminha em direção do que foi e serás
Sendo emoções descontroladas
Sabe o que é, o que pergunta
e sabe quais respostas quer pra ti
Amanhã pode ser...o instante que
agora é
Amanha é sempre perfeito hoje
é sempre novo hoje
Mas pode ser hoje denovo
Não!
Hoje amanhã é vazio
Mas sinto aroma de mudança
Pre-sinto transformar-me
pacientemente espero que amanhã se revele
Sem expectativa não temo nada
Sem expectativa alegremente espero.
Retornando do abismo profundo
D´alma rota
Produtora d´um nada-corpo
Vagabundo que teme o medo
e a alegria
Redescobrindo-se depois da morte
Depois do suicidio
Conhece a vida e a morte
Conhece agora o medo e a alegria
Caminha em direção do que foi e serás
Sendo emoções descontroladas
Sabe o que é, o que pergunta
e sabe quais respostas quer pra ti
Amanhã pode ser...o instante que
agora é
Amanha é sempre perfeito hoje
é sempre novo hoje
Mas pode ser hoje denovo
Não!
Hoje amanhã é vazio
Mas sinto aroma de mudança
Pre-sinto transformar-me
pacientemente espero que amanhã se revele
Sem expectativa não temo nada
Sem expectativa alegremente espero.
morte
DOR, e não poder se libertar da vida!
MORTE sem ar!
QUERER a dor, deixa-me vivo!
MORRER; a vida mata-me!
MORTE sem ar!
QUERER a dor, deixa-me vivo!
MORRER; a vida mata-me!
Valho
Ao escrever nesta pag.
Desvaloriza-se
o papel,
o lápis.
Elas valeriam mais
virgens.
Entre todos nós
Não acrescenta-se nada;
Nada vale mais que si mesmo
e para si mesmo.
De nada mais vale
Valerem as coisas.
Desvaloriza-se
o papel,
o lápis.
Elas valeriam mais
virgens.
Entre todos nós
Não acrescenta-se nada;
Nada vale mais que si mesmo
e para si mesmo.
De nada mais vale
Valerem as coisas.
Despossuido
Destituido de sentido
Minha roupa se desfaz lentamente;
Como se ela jamais tivesse existido.
O corpo adormece
e vai indo com o vento;
Nada faz mais sentido,
estar aqui,
estar lá,
eu já não estou mais em mim.
Minha roupa se desfaz lentamente;
Como se ela jamais tivesse existido.
O corpo adormece
e vai indo com o vento;
Nada faz mais sentido,
estar aqui,
estar lá,
eu já não estou mais em mim.
ent(ão)
Um entre mil
e mais um
foi-me dado o ente em pessoa
dai-me denovo
a gota esvai-se no tempo
temprágora
pre-sente
e mais um
foi-me dado o ente em pessoa
dai-me denovo
a gota esvai-se no tempo
temprágora
pre-sente
Buzios
Há sempre algo a mais
nas paisagens de sonhos
Longinqüos.
Nos horizontes infinitos
das paisagens da alma;
Estamos à espreita de
movimentos.
Como uma gaivota que
luta rente ao mar.
Torna-se vento
numa sincronia ritmica,
esférica.
Então ela desaparece
revelando uma paisagem
além do meu olhar.
O mar também
faz-se vento.
Bate frenético neste pier à tempo
então para, deixe os passaros
falarem por tudo o que se move.
A chuva está vindo
dizem os pássaros.
E o Sol com sua potência
resiste, banhando esta folha
diz: Estou vivo!
Que coisas mil
aquela cidade ao longe,
além desta baia
me esconde?
O vento sabe;
Recolho mensagens
Que sinto através de
todos os meus sentidos.
Aparece uma regata no horizonte
e percebo não a regata
mas o ela estar se movendo.
Paro, penso
Sinto, escrevo
E vou escrevendo
até a proxima parada.
Paisagens mutantes
de sonhos da alma
ausente, presente
nestes rabiscos.
nas paisagens de sonhos
Longinqüos.
Nos horizontes infinitos
das paisagens da alma;
Estamos à espreita de
movimentos.
Como uma gaivota que
luta rente ao mar.
Torna-se vento
numa sincronia ritmica,
esférica.
Então ela desaparece
revelando uma paisagem
além do meu olhar.
O mar também
faz-se vento.
Bate frenético neste pier à tempo
então para, deixe os passaros
falarem por tudo o que se move.
A chuva está vindo
dizem os pássaros.
E o Sol com sua potência
resiste, banhando esta folha
diz: Estou vivo!
Que coisas mil
aquela cidade ao longe,
além desta baia
me esconde?
O vento sabe;
Recolho mensagens
Que sinto através de
todos os meus sentidos.
Aparece uma regata no horizonte
e percebo não a regata
mas o ela estar se movendo.
Paro, penso
Sinto, escrevo
E vou escrevendo
até a proxima parada.
Paisagens mutantes
de sonhos da alma
ausente, presente
nestes rabiscos.
10 de fevereiro de 2007
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