29 de abril de 2009

Da e-cadência! [incompleto, reaja!]

Vivo o ato
Minuto
Passo
Segundo passado

Vivo o momento
Que escoa a tempo

Apreendo e aprendo
Minto e tento

Memento

Descrevo o antes
Escrevo
Me perco

Nem mais a escrita me ampara
Nem mais a vida me cala

Futuro fugidio
Minuto escorregadio

Erradio vazio
Prometo
Esqueço
Perdido
Derivo

Derivado ato
Ato fátuo
Ao acaso escrevo (palávro!)

Ninguém me lê
Ninguém se vê

Eu tento
Reajo!

silenciosamente escrevo
o nada indefeso

26 de abril de 2009

Espasmos.

Intransponíveis são aqueles que morreram
eu corro atrás de todos eles que beiram
meu eu
eu meu

***

eu cristo
eu chisto
eu isto
eu aquilo
eu D'us
A-deus

Num bar, espero.

As mentiras que escutamos
As mentiras que aguentamos
As mentiras que inventamos

Nas mentiras estamos
Nas mentiras moramos
Nas mentiras erramos

A ment[é]ira!

8 de abril de 2009

Bem te vi.

No instante em que ascendi Santa Maria,
Um bem-te-vi com seu canto adentrou
Janela, parede e alma.
E continuou a acordar a vizinhança.

Até os cânticos das aves circundantes
Mesmo apagados e distantes
Me desesperam,
Sempre falantes, grito:

Por quê não ficaste noite, Dia?!

Adia esta mania,
De todo dia se querer dia.
Ah! Dia!
Adia.